Março é o mês de Combate à Tuberculose. A campanha serve para alertar a população sobre o diagnóstico e tratamento da doença, que é infectocontagiosa e afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Dados epidemiológicos do Ministério da Saúde revelam que, em 2021, o Brasil realizou cerca de 82.680 notificações de novos casos e retratamento.
Para a professora em Ciências da Saúde do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Emanoela Sousa, a doença ainda é um problema emergente na saúde pública. “É um problema que se arrasta sem solução eficiente há mais de um século e que continua sendo uma doença de alta incidência no Brasil”, diz.
Sintomas:
Os principais sintomas da doença, de acordo com Emanoela, são tosse seca por duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dores no peito e falta de apetite.
A especialista alerta que nos primeiros sintomas, o essencial é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), para iniciar o tratamento que pode levar de seis meses a um ano. “O tratamento é totalmente gratuito pelo SUS e é muito importante, pois a doença é infectocontagiosa e pode acometer mais pessoas, caso o paciente não faça o tratamento corretamente”, pontua.
Prevenção:
Para a prevenção da doença, a docente reforça a importância da aplicação da vacina BCG em crianças. “A primeira medida de controle é a vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) que deve ser aplicada nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade”, ressalta a especialista.
“A tuberculose é um problema de saúde pública que necessita de todos para o seu controle e eliminação. Devemos observar os sinais de alerta e buscar, precocemente, um diagnóstico clínico para o tratamento dessa doença que continua matando pessoas em todo mundo”, finaliza.