Buscando incentivar a leitura e tornar a espera pelo transporte público mais agradável, o professor Guilherme Lacerda criou o projeto Ybyrá Leitura, situado em frente à sua própria casa, na parada do transporte coletivo localizada na Avenida Ernani Silva, na estrada da Nascente, em Crato. Guilherme está recebendo doações de livros, exceto didáticos, para já disponibilizá-los a partir da próxima segunda-feira (22). Interessados podem entrar em contato através do Instagram oficial do projeto ou pelo WhatsApp (88) 99649-3717.
Segundo Guilherme, a ideia central é a circulação de livros. “O pessoal daqui espera o transporte (topic) na minha porta… Resolvi colocar esse banco de praça para ficar mais confortável e também esse projeto para incentivar a leitura”, disse.
O nome do projeto, Ybyrá, quer dizer “árvore” em Tupi. O nome foi escolhido pelo fato de o projeto acontecer embaixo de uma árvore, onde serão penduradas sacolas transparentes com os livros doados.
A professora de yoga Adriana Almeida cresceu vendo uma estante do pai cheia de livros e não era leitora, mas se tornou leitora e incentivou a leitura para os filhos. Ela já doou alguns livros anteriormente, e agora para o projeto, e diz achar cruel que um livro fique parado. “Eu fiz doações de livros que eu sabia que eram legais demais para estarem parados e que eu sabia que não teria vontade e necessidade de relê-los. Então acho muito cruel você deixar um livro parado em uma estante só para fazer volume, só porque tem uma capa bonita. Acho cruel isso; injusto com o livro”, disse.
Para Adriana, a razão pela qual ela incentiva a leitura é pelos livros serem “uma viagem muito interessante” e ajudarem as pessoas de várias formas diferentes – confira o áudio completo abaixo.
Adriana fez um desafio para ler, em 2021, um livro por mês, e leu uma média de dois livros por mês, e segue assim ainda em 2022, em seu projeto de “Universidade Pessoal” – conceito utilizado por Thais Godinho, que quer dizer que a pessoa se propõe a estudar assuntos que a interessam sem ter que passar por uma universidade e disciplinas que não vão agregar em sua formação; algo como ser autodidata. A professora de yoga disse que, com isso, agora passa menos tempos nas redes sociais. “Estou até me desligando mais da parte de redes sociais – que não deveria, porque eu uso como publicidade também – porque estou meio cansada disso. A leitura é mais interessante”, afirmou.