sexta-feira, 29 de novembro de 2024

MP do Ceará e TCE se unem para garantir cumprimento da lei do saneamento básico e da política de resíduos sólidos

Em alusão à Semana Nacional do Meio Ambiente, o Ministério Público do Estado do Ceará e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-CE) assinaram, nesta terça-feira (4), termo de cooperação técnica para troca mútua de informações e desenvolvimento de ações conjuntas entre as instituições para garantir o cumprimento da Lei de Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico e da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O documento foi assinado durante um seminário promovido pelo MP do Ceará sobre as políticas públicas que tratam da temática. O evento, que ocorreu no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, em Fortaleza, ainda contou com painéis relacionados à área do saneamento básico.

Com a assinatura do termo, MP do Ceará e TCE-CE se comprometeram a criar um Grupo de Trabalho (GT) com representantes das duas instituições visando estabelecer rotinas de fiscalização e fomento de políticas públicas efetivas relacionadas a fornecimento de água potável, manejo de resíduos sólidos, esgotamento sanitário e drenagem de águas. Entre os objetivos imediatos, está o cumprimento da meta de encerramento dos lixões no Estado, conforme determinado no Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

O procurador-geral de Justiça, Haley Carvalho, destacou que o fortalecimento da parceria entre Ministério Público e TCE vai contribuir para a melhoria da fiscalização e monitoramento dos índices de saneamento básico em todo o Estado. “Que essa cooperação técnica permita que esse importante direito não seja um privilégio, mas sim uma realidade acessível a toda a população cearense”, frisou.

O presidente do TCE-CE, Rholden Queiroz, reforçou que é necessário fomentar a política pública de saneamento básico no Ceará, evitando assim danos ao meio ambiente. “Faremos o possível para que consigamos repetir no Estado o que já foi feito em outras unidades da federação”, disse, citando o caso de Pernambuco, que zerou o número de lixões no ano passado.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caomace), promotor de Justiça Fábio Ottoni, lembrou que a realidade cearense está aquém do que deveria no que se refere aos índices de saneamento básico. “Dados do último censo do IBGE apontam que 60% da população cearense não tem acesso à rede de esgoto. Além disso, 150 municípios do Estado ainda possuem lixões. Portanto, esse alinhamento entre as instituições é muito importante para que possamos cumprir a meta estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos”, enfatizou.

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