Embora seja frequente em pessoas mais velhas, o infarto agudo do miocárdio pode acometer jovens saudáveis e que praticam atividades físicas regularmente. Com o intuito de conscientizar a população sobre o combate a doenças cardíacas, foi criada a campanha Setembro Vermelho. Instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU) utilizam a data para lembrar sobre a importância de cuidar da saúde do coração.
O infarto agudo do miocárdio se dá quando há obstrução, total ou parcial, de uma artéria. No caso de jovens, entre 18 e 35 anos, esportistas ou atletas de alta performance, os fatores de risco estão relacionados à predisposição genética, ao estresse, a uso de substâncias ilícitas ou condições médicas. Já em pessoas sedentárias, o risco está associado a outras patologias, como hipertensão, diabetes e colesterol elevado.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a cada 90 segundos uma pessoa morre em decorrência de doenças cardiovasculares no Brasil. Porém, boa parte desses óbitos podem ser prevenidos com a adoção de hábitos saudáveis. Entre os sintomas frequentes estão dores no peito ou desconforto que pode irradiar para o braço, pescoço, mandíbula ou costas, falta de ar, suar frio, náuseas, tontura ou fadiga extrema. Ao menor sinal de suspeita, o paciente deve ser avaliado imediatamente por um profissional de saúde.
Para o enfermeiro, José Gledson, o infarto em atletas está, geralmente, associado a condições cardíacas subjacentes que podem ou não terem sido diagnosticadas previamente, tais como cardiomiopatias ou anomalias coronarianas. “Outras causas incluem esforço excessivo, levando a um aumento abrupto da pressão arterial e frequência cardíaca, desidratação, uso de esteroides ou substâncias responsáveis por aumentar o desempenho e resposta inadequada do coração ao esforço físico”, afirma.
A prevenção pode reduzir significativamente os riscos de um mal súbito, como o ocorrido com o atleta Juan Izquierdo durante uma partida de futebol. As principais são evitar o tabagismo, controlar o consumo de álcool, gerenciar o estresse e, principalmente, realizar check-ups médicos regulares. “É essencial que todos, independentemente da idade, estejam atentos aos sinais e adotem um estilo de vida saudável”, complementa Gledson.
