sábado, 23 de novembro de 2024

Em dez meses de 2022, Departamento de Homicídios da PC-CE já capturou 542 pessoas

O reforço no trabalho investigativo com o ingresso de novos policiais civis já vem dando resultado. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) é um dos exemplos que podem ser destacados. De janeiro a outubro deste ano, o DHPP capturou 542 pessoas. O número é 23,46% maior, se comparado com o mesmo período de 2021, quando foram capturadas 439 pessoas. Além das capturas, os números mostram ainda um aumento considerável nas apreensões de armas de fogo, que registraram acréscimo de 114,63%, saindo de 41 armas apreendidas, nos dez primeiros meses do ano passado, para 88 armas localizadas de janeiro a outubro deste ano.

Para o diretor do DHPP, delegado Harley Filho, um dos fatores responsáveis pelo crescimento no número de prisões e apreensões é o acréscimo do efetivo, com a entrada de novos policiais civis. “O aumento nas capturas é o reflexo do incremento de novos policiais. Eu consigo ter mais equipes em campo trabalhando as investigações, que acabam tendo uma maior celeridade”, pontuou o diretor. Harley destaca também o investimento feito com a aquisição de mais viaturas e a ampliação do polo tecnológico do DHPP. “Além do incremento de efetivo, nós recebemos mais viaturas e novos computadores. Então todo esse aporte nos possibilita ter mais velocidade para investigar e aliar quantidade com qualidade. Dessa forma, conseguimos nos primeiros dez meses, deste ano, superar em 23,46% as prisões e apreensões feitas de janeiro a outubro de 2021”, frisou.

Ainda conforme o diretor do DHPP, outro feito significativo e que merece destaque é o número de armas de fogo apreendidas. O balanço apresentou 88 armas de fogo retiradas de circulação até outubro. O número é 114,63% maior quando comparado com o mesmo período de 2021, quando 41 armas foram apreendidas. “Os números demonstram a importância do trabalho que vem sendo desempenhado pela Polícia Civil. No momento em que mais armas de fogo são apreendidas, bem como mais suspeitos são capturados, percebemos um aumento no esclarecimento das nossas investigações. A população passa a acreditar e contribuir com o trabalho da Polícia. Com isso, a tendência é haver uma queda dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) em Fortaleza”, comentou.

Representações passam de 1.000

Outro dado expressivo do DHPP é o número de representações realizadas ao Poder Judiciário. Até outubro, o departamento já registrava 1.170 solicitações. Somente o DHPP, de janeiro a outubro deste ano, realizou representações de 696 mandados de prisão, 326 mandados de busca e apreensão e 148 representações diversas, como quebra de sigilos bancários e fiscais, interceptações telemáticas e telefônicas, entre outras. Ainda conforme o diretor do DHPP, o alto número também é reflexo do incremento de efetivo. “Se somarmos todas essas medidas, nós superamos 1.000 representações realizadas de janeiro a outubro, o que dá uma média de 115 representações por mês. Isso é uma atividade pura da Polícia Judiciária, que nós estamos conseguindo potencializar e empregar graças ao incremento de efetivo que nós recebemos.”, disse Harley.

Redução nos CVLIs

No balanço de janeiro a outubro de 2021, o território com maior redução nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) foi a Região Metropolitana da Capital, retraindo de 780 para 647 casos, o que representa menos 17,1%. Já o Interior Sul, teve diminuição de 12,2%, passando de 608 para 534. Fortaleza e Interior Norte apresentaram -3,6% e -3,5%, respectivamente. A Capital cearense foi de 746 para 716 registros. O trabalho das instituições que compõem a Segurança Pública no Norte do Ceará impactaram na queda de 608 casos para 587. No geral, o Ceará também mantém uma redução nos casos no acumulado do ano, com -9,3%, indo de 2.742 para 2.487 CVLIs, com um total de 255 casos a menos.

Para o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Sandro Caron, uma série de medidas é responsável pela melhoria do indicador, mas algumas podem ser destacadas. “Entre as ações implementadas para chegarmos a esse bom resultado, já percebemos que a chegada dos novos policiais civis do último concurso, lotados no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), na Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) e no DIP (Departamento de Inteligência Policial) tem resultado no aumento das prisões qualificadas por crimes como homicídio e tráfico de drogas, o que impacta diretamente na redução do CVLI. Se pensarmos no policiamento ostensivo e preventivo feito pela Polícia Militar, a expansão das bases Raio e a criação do Copac (Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades), com bases instaladas, em áreas mais sensíveis, também auxiliam nessa diminuição”, explica o secretário.

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