O Ceará finalizou o mês de março com 51% das reservas hídricas acumuladas nos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Os dados refletem uma melhora nos níveis em comparação com os últimos anos. No mesmo período de 2024, o volume era de 45%.
Atualmente, 42 açudes estão sangrando no estado. Dentre os maiores reservatórios do Ceará, o Açude Banabuiú atingiu 36% de sua capacidade. O Açude Castanhão, o maior do estado, acumula 29% da sua capacidade, e o Açude Orós, o segundo maior, encontra-se em uma situação mais confortável, com 75% da capacidade.
Os aportes não ocorrem de maneira homogênea em todo o território cearense. O Diretor Presidente da Cogerh, Yuri Castro, explica que a recarga dos açudes depende de diferentes fatores:“Nem sempre chuva resulta em aportes. As chuvas, mesmo na média ou até acima da média, carecem de constância e precisam cair no lugar certo para gerar escoamento e, consequentemente, aportes”, destaca.
Situação por Bacia
As bacias hidrográficas do estado apresentam diferentes níveis de acumulação hídrica. As bacias do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana e Ibiapaba encontram-se com volumes confortáveis, acima de 70% da capacidade total.
No entanto, a situação é diferente em algumas regiões, como o Médio Jaguaribe, onde está localizado o Açude Castanhão, e os Sertões de Crateús, que enfrentam volumes abaixo de 30% de reservação, indicando que essas áreas seguem em estado de alerta.