quinta-feira, 06 de março de 2025

Ceará encerra fevereiro com 44,4% das reservas hídricas acumuladas

O Ceará finalizou o mês de fevereiro com 44,4% das reservas hídricas acumuladas em seus açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O número representa uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o volume era de 37% da capacidade. Atualmente, nove açudes estão sangrando no estado, enquanto em fevereiro de 2024, apenas dois atingiam sua capacidade máxima.

Açudes sangrando

Ao todo, 14 açudes açudes já sangraram em 2025. No momento, nove açudes estão sangrando.

Apesar das chuvas registradas, os aportes não ocorrem de maneira homogênea em todo o território cearense. O presidente da Cogerh, Yuri Castro, explica que a recarga dos açudes depende de diferentes fatores:

“Nem sempre chuva resulta em aportes. As chuvas, mesmo na média ou até acima da média, carecem de constância e precisam cair no lugar certo para gerar escoamento e, consequentemente, aportes”, destaca.

Castanhão, Orós e Banabuiú

Entre os grandes açudes do estado, o Açude Banabuiú atingiu 35% de sua capacidade. Já o Castanhão, maior reservatório do Ceará, que chegou a marcar apenas 2,1% de volume em 2018, atualmente acumula 27%. O Orós, segundo maior açude do estado, segue em situação mais confortável, com 60% da capacidade.

Situação por Bacia

As bacias hidrográficas do norte do estado apresentam uma situação mais confortável, com volumes acima de 70% da capacidade total. No entanto, a situação ainda inspira atenção em regiões como os Sertões de Crateús, onde os açudes acumulam menos de 20%, e no Médio Jaguaribe, com volumes abaixo de 30%.

Diante desse cenário, a Cogerh segue monitorando os reservatórios e implementando estratégias para garantir a gestão eficiente da água no estado. “O acompanhamento contínuo dos açudes nos permite antecipar cenários e tomar decisões estratégicas para o uso sustentável dos recursos hídricos. A gestão da água no Ceará é feita de forma técnica e participativa, sempre em diálogo com os Comitês de Bacias e demais atores envolvidos”, afirma Yuri Castro.

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