Segundo Jacqueline Gouveia, reeleita vereadora pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, desde a gestão passada a causa animal vem sofrendo um grande descaso. A vereadora conseguiu um castramóvel para controlar a natalidade dos animais, principalmente nas periferias. O equipamento até teria começado a ser usado, mas pouco tempo depois parou e está enferrujando. A verba para o equipamento foi conseguida, disse Jacqueline, com muita luta, e ela vem cobrando a sua utilização e também sendo cobrada pela população.
“Para cada ser humano que nasce, nascem 15 cachorros e 45 gatos. A maioria desses animais serão abandonados nas ruas e vão sofrer fome, maus tratos e também vão causar transtornos para a população, como acidentes de trânsito, doenças e mordeduras”, afirmou a vereadora.
No mês de setembro de 2022 completou um ano que a Prefeitura de Juazeiro do Norte recebeu uma verba do deputado Célio Studart (PSD), também ativista da causa animal, mas os R$ 300.000,00 que deveriam ajudar na castração dos animais de rua não foram utilizados. Uma verba de R$ 150.000,00 também teria sido recebida há mais de um ano, direcionada a compra de um veículo para ações da causa animal, mas o veículo não teria sido comprado. A UPA Animal, projeto defendido pelo deputado Célio, a pedido de Jacqueline Gouveia, teria recebido R$ 1 milhão e também não foi posto em prática.
A vereadora, que criou a Lei 4.839, de 25 de abril de 2018, que obriga o poder público a realizar a castração gratuita dos animais da população carente no Município de Juazeiro do Norte, também falou sobre a Verba Impositiva. Essa verba consiste em um valor que o vereador tem direito mas que não vai diretamente para ele, e que ele apenas indica ao prefeito a forma como deve ser utilizada. Jaqueline alega que fez e enviou o seu projeto para a construção de uma UBS animal, o valor ultrapassaria R$ 400.000.00.
Reafirmando a importância de cuidar dos animais de rua e dos que estão sob tutoria de pessoas carentes, a vereadora disse que “não se pode cuidar de um sem cuidar do outro”, pois tanto a saúde animal quanto a humana precisam de atenção. “Os gestores precisam abrir os olhos e fazer o seu papel como deveriam, pois os protetores de animais estão sobrecarregados, endividados e com problemas psicológicos. É um trabalho árduo e não é justo que a gente esteja fazendo por amor o que é dever do Estado e do Município”
Nossa reportagem procurou Glêdson Bezerra (PODEMOS), Prefeito de Juazeiro do Norte, e até o fechamento da matéria não houve retorno.