Por meio de parceria institucional entre a Prefeitura do Crato e a Universidade Regional do Cariri (Urca), na manhã desta quarta-feira, 18 de janeiro, os agentes comunitários de Saúde do Crato participaram de formação em diagnóstico da Hanseníase na Atenção Básica. Esta é uma realização do curso de Enfermagem, por meio da disciplina Saúde Coletiva.
Nesta quinta-feira, 19, os agentes de saúde, juntamente com os estudantes de Enfermagem e professores, realizarão o trabalho de busca ativa nos territórios das Unidades de Saúde Cohab, Vila Alta, Nossa Senhora de Fátima e Gisélia Pinheiro.
As duas instituições, integrantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), no Cariri, assinaram o termo de adesão para atuar junto à campanha global Não Esqueça da Hanseníase, que tem como objetivo fazer um apelo mundial para que a doença não seja esquecida, negligenciada.
“Nada melhor do que realizar a formação com os agentes de saúde, que são o elo entre a comunidade e a Equipe de Saúde da Família. Temos uma redução significativa em todo o Brasil e também no Crato, mas é importante realizar busca ativa junto à população, e caso apresentem manchas, encaminhá-los para o tratamento”, comenta a professora Edilma Rocha.
O que é a hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que se multiplica lentamente e pode levar de cinco a dez anos para dar os primeiros sinais. Afeta principalmente os nervos periféricos e está associada a lesões na pele, como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, ressecamento e perda de sensibilidade.
O diagnóstico tardio pode deixar graves sequelas, especialmente a incapacidade física com deformidades em mãos e pés, podendo levar também à cegueira. Quem sofre com a doença, além de todos os problemas de saúde, ainda precisa conviver com o estigma e o preconceito.