terça-feira, 01 de abril de 2025

Levantamento aponta que mais de 40% dos trabalhadores brasileiros enfrentam problemas de sono e saúde mental

A qualidade do sono é diretamente impactada pela saúde mental, estresse e satisfação social. O alto impacto na população economicamente ativa pode ser um reflexo das questões psicossociais relacionadas direta ou indiretamente ao trabalho. O fato é que esse impacto prejudica a concentração, a energia do dia a dia e o rendimento global no trabalho. Um levantamento realizado pela Pipo Saúde, no período de janeiro a dezembro de 2024, com a participação de 9.691 colaboradores, de empresas de grande porte, com perfis e segmentos diferenciados, mostrou que o brasileiro continua dormindo mal: 15% afirmaram ter um sono ruim e 30,7% responderam ter sono moderado. Em saúde mental, 43,6% dos respondentes, ou seja, 4.338 colaboradores apresentaram risco, sendo que ⅓ desses com intensidade alta ou moderada.

“Estudos comprovam que manter uma rotina de sono regular, traz benefícios emocionais e mentais importantes. Com os colaboradores, população economicamente ativa, dormindo mal e com questões importantes de saúde mental, não parece ser uma coincidência o boom de uso de medicações para a atenção, de suplementações vitamínicas e de estimulantes no trabalho”, comenta o Diretor Médico da Pipo Saúde, Arthur Geise.

50,1% dos respondentes entre 19 e 29 anos afirmaram ter um sono moderado ou ruim. Já na faixa entre 30 e 39 anos, e entre 40 e 49 anos, a proporção para quem respondeu sono moderado ou ruim ficou bem próxima: 44% e 42,7%, respectivamente.

Segundo a Organização Mundial da Saúde e outras entidades médicas, um sono bom é aquele que tem qualidade, quantidade e regularidade. A entidade recomenda médias de sono por faixa etária: adultos (18-64 anos): 7 a 9 horas por noite; idosos (65+ anos): 7 a 8 horas por noite; adolescentes (14-17 anos): 8 a 10 horas por noite; e crianças (6-13 anos): 9 a 11 horas por noite.

As altas taxas de insônia e problemas de saúde mental na população economicamente ativa são alarmantes. E a repercussão disso nos custos, na eficiência operacional e na saúde geral é gigantesca. “Talvez a nova NR-1 ajude a atrair mais olhares para esta situação, incentivando as empresas a ter uma melhor organização da sua estrutura, da carga e do modelo de trabalho, e das várias influências que o processo laboral tem em nossa saúde física, mental e social”, complementa Arthur.

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