terça-feira, 26 de novembro de 2024

SSPDS e Secretaria das Mulheres discutem interiorização de ações e monitoramento de suspeitos de violência contra a mulher

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) recebeu, ao longo desta sexta-feira (28), representantes de suas vinculadas e da Secretaria das Mulheres do Ceará para discutir estratégias de prevenção e fluxos de atuação para uma das principais diretrizes do Governo do Ceará: o combate aos feminicídios. Para tanto, foram discutidas ações de interiorização dos serviços já realizados e aprimoramento do monitoramento de suspeitos de crimes contra mulheres.

“Fizemos um planejamento estratégico, com base nos dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), para compreender o fenômeno e dialogar com a Secretaria das Mulheres sobre ações em conjunto para coibir os crimes e monitorar os casos em todo o Ceará”, disse o coordenador da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da SSPDS, Harley Filho.

Durante o dia, foram realizadas duas reuniões. Ao lado do coordenador da Copol, a secretária executiva de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Secretaria das Mulheres, Raquel Andrade dos Santos, pontuou a importância da escuta e do diálogo com a Segurança Pública. “As ações de combate à violência contra a mulher, para serem eficazes, devem ser intersetoriais. E é isso que estamos dialogando aqui. A vice-governadora e secretária das Mulheres, Jade Romero, colocou a Secretaria à disposição para alinhar e até mesmo interceder com outros órgãos, protocolos contra o machismo estrutural”, detalhou.

Em pauta, a ampliação das formações relacionadas a gênero na Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), por meio de parceria com outros órgãos e instituições de ensino e pesquisa; alinhamento com a Supesp para padronização dos dados estatísticos dos atendimentos de violência contra a mulher, realizados pelas Casas da Mulher Brasileira e Casa da Mulher Cearense; fortalecimento dos serviços ostensivos e investigativos no interior do Ceará; campanhas educativas para o combate ao machismo estrutural; e tecnologias que podem ser aliadas aos trabalhos de prevenção e monitoramento de suspeitos, a depender da situação.

A diretora do Departamento de Proteção aos Grupos de Vulneráveis (DPGV) da PC-CE, Janaína Braga, comentou que o interesse das Forças de Segurança, sobretudo da Polícia Civil, é fazer uma escuta e investigação humanizada, para não revitimizar e acolher a mulher, e consequentemente punir o suspeito, rompendo a trajetória de violência e preservando vidas.

“Esse momento é importante e pontuo que as mulheres estão cada vez mais agindo como protagonistas nesse processo. Elas procuram as delegacias e estão denunciando. Isso já é resultado de campanhas de prevenção como as palestras educativas, por exemplo”, complementou a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, Giselle Oliveira.

Além do coordenador da Copol e da secretária executiva da Secretaria das Mulheres, Harley Filho; e da secretária executiva de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Secretaria das Mulheres, Raquel Andrade dos Santos; ainda participaram das reuniões: o diretor de Estratégia de Segurança Pública (Diesp) da Supesp-SSPDS, Gonçalo Barreto; o gerente de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Supesp-SSPDS, Franklin Torres; a diretora do DPGV, Janaína Braga; as delegadas das Delegacias de Defesa da Mulher da PC-CE de Caucaia e Fortaleza, Joelma Paiva e Giselle Oliveira, respectivamente; a delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da PC-CE, Patrícia Aragão, e a assessora da Secretaria das Mulheres do Ceará, Giordana Ferreira.

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