Compras, comunicação, transações financeiras, envio de documentos e inúmeras outras facilidades tornaram a internet, hoje, uma ferramenta impossível de abrir mão, tanto na vida pessoal quanto no trabalho. Ao facilitar tarefas e nos poupar tempo, redes sociais e aplicativos de conversa, de pagamentos e de atendimento passaram a ser usados massivamente. Mas, se por um lado toda essa facilidade torna a rotina mais ágil, por outro fez do ambiente virtual celeiro ainda mais fértil para todo tipo de golpe. Mensagens falsas sobre premiações, cobranças, pedidos de ajuda e alertas de sequestro são apenas alguns exemplos de armadilhas que visam roubar dinheiro ou dados dos usuários.
Frente a esse cenário, o Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio do Núcleo de Apoio Técnico à Investigação (NATI), realiza campanha para informar e conscientizar a sociedade sobre os perigos de golpes e crimes cibernéticos. Pensadas para circular nas redes sociais e outros canais de comunicação do MPCE, as peças citam as características dos tipos de golpe mais comuns e oferecem dicas de como reconhecê-los e evitá-los. Em todas elas também há orientações de como proceder caso a pessoa já tenha sido vítima de alguma ação criminosa.
De acordo com o coordenador do NATI, promotor de Justiça Breno Rangel, embora o avanço da tecnologia seja primordial nos dias atuais, facilitando nossas atividades diárias, acaba por tornar a população mais exposta, sendo extremamente necessário um cuidado maior com o uso das ferramentas digitais. “Assim, a presente campanha é imprescindível para conhecer os erros mais comuns, na tentativa não só de evitá-los, mas também de multiplicar a informação para familiares e amigos”, reforça.
Encontrou algo estranho? Desconfie!
Um dos casos de golpe frequente tratado na campanha é o do pedido de dinheiro supostamente por parte de familiares ou amigos, que, na verdade, tiveram seus números telefônicos e dados roubados ou clonados. Ao receber uma mensagem do tipo, é importante considerar se o estilo do texto ou a linguagem seria realmente usado por aquela pessoa; tentar contactá-la por outros meios com o objetivo de confirmar a autoria da mensagem; jamais fornecer dados pessoais ou fazer transferências sem esses cuidados, entre outras providências.
A campanha parte do princípio de que as vítimas quase sempre acreditam estar conversando com pessoas ou clicando em links confiáveis, porque não prestaram atenção em detalhes que davam indícios de que algo na mensagem, propaganda ou promessa não estava certo. Por isso, todas as peças são finalizadas com a assinatura “Se é bom demais para ser verdade, desconfie. #PodeSerGolpe”. A ideia central é alertar as pessoas para o fato de que nem tudo o que está nas redes sociais, SMS e outros canais de comunicação são confiáveis apenas por parecerem ser.
As peças começaram a circular nesta semana e serão divulgadas ao longo de todo o mês de agosto. Além de cards para listas de transmissão de WhatsApp e redes sociais, a campanha também inclui um vídeo que aborda o conceito da campanha, trazendo o contraste entre o teor falso e apelo exagerado das mensagens e a realidade.