O estado do Ceará alcançou o topo do ranking de cobertura vacinal contra a gripe no Brasil: 25,69% da população-alvo foi imunizada. Ao todo, 715.678 doses foram aplicadas em todo o território desde o último dia 27 de março, quando foi iniciada, de forma antecipada, a campanha estadual. O índice é superior à média do País (17%). Os dados são do LocalizaSUS, plataforma do Ministério da Saúde (MS).
Pessoas com 60 anos ou mais compõem o grupo prioritário mais vacinado até o momento (299.998), seguido de crianças (223.271), pessoas com comorbidades (85.351) e trabalhadores da Saúde (38.750).
Além disso, o estado cearense possui a terceira maior cobertura vacinal de povos indígenas vivendo em terras demarcadas, com 41,32% deste público imunizado contra a influenza.
A campanha de vacinação contra a gripe segue até o dia 31 de maio. “É importante que todas as pessoas pertencentes aos grupos prioritários procurem a unidade de saúde mais próxima para receber o imunizante. A vacina está disponível em todos os municípios cearenses”, destaca a articuladora de Imunização da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Ana Karine Borges. “A estratégia de vacinação consiste em uma ação de interesse nacional, sendo os grupos prioritários atores sociais importantes no processo de prevenção e controle da influenza”, afirma.
Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), já foi observado o impacto da vacinação na redução em 49% das notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza, passando de 55 para 28, entre 26 de março e 22 de abril deste ano.
Caderneta de vacinação
Com grande potencial de transmissão, a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocada pelo vírus da influenza. Dos quatro tipos – A, B, C e D –, os dois primeiros são circulantes no Ceará.
A vacina é considerada pelos órgãos de saúde uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e até óbitos pela doença. O insumo oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra os três subtipos do vírus que mais circularam em 2022 no hemisfério Sul.
Além disso, a constante mudança dos vírus influenza requer monitoramento global, frequente reformulação da vacina e campanha anual de imunização. A proteção conferida pela vacinação é de, aproximadamente, um ano.
Reforço bivalente é ampliado
Desde a última terça-feira (25), a vacinação com a dose bivalente de reforço contra a covid-19 foi ampliada para toda a população com 18 anos ou mais. Até então, somente pessoas pertencentes a alguns grupos prioritários estavam elegíveis para receber o imunizante. A medida segue orientação do MS.
Podem receber a vacina todos aqueles com idade a partir de 18 anos que tenham completado ao menos o esquema primário (D1 e D2), obedecendo ao intervalo mínimo de quatro meses da última aplicação.