Ontem (30) o Padre Cicero deu mais um passo na direção da Beatificação. O processo tem três etapas: a primeira consiste em ser um servo de Deus, a segunda é ser venerável por suas qualidades e a terceira requer provas de que o Santo Popular obrou milagres.
É necessário que uma comissão de pesquisadores, historiadores e até médicos façam parte das investigações para o levantamento da vida e milagres do santo popular. Quando um milagre é aprovado, o papa autoriza a beatificação, depois disso, provando outro milagre, o processo de canonização pode ser aberto.
A missa e abertura do processo de beatificação
A Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores estava lotada de fiéis de diversas partes do Brasil, muitos com cartazes de comitivas que viajaram somente para acompanhar o evento. A cerimônia foi guiada pelos membros da diocese de Crato e, depois da missa e da eucaristia, consistiu na leitura dos juramentos de compromisso dos representantes da igreja presentes.
Uma grande comoção aconteceu quando uma mensagem do bispo dom Fernando Panico, da diocese do Crato, foi lida para os fieis, visto que ele não pode ir ao evento. Panico é considerado o maior defensor do Padre Cicero no Ceará, tendo sido o responsável pela reconciliação dele com a igreja católica.
Discursos
O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, discursou sobre a importância do Padre Cícero e dos romeiros para o crescimento do município e agradeceu aos fieis. Já Izolda Cela, governadora do Ceará, falou sobre fé no Padre Cicero e na Mãe das Dores.
Ele ta vivo, o padre não ta morto
Pouco antes de ser anunciada a abertura oficial, os fieis cantavam em coro Viva meu padim, de Luiz Gonzaga. Apoiados na canção que diz para olhar no alto do Horto um padre que está vivo, não morto, a fé se mostrava firme e inabalável no homem, santo popular e político Cicero Romão Batista. O filho do Crato que ergueu Juazeiro do Norte com seus feitos. O fim da cerimônia foi marcado pela queima de fogos no pátio da Matriz.