Morreu nesta terça-feira (25), aos 49 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, a jornalista da Rede Globo Susana Naspolini, em decorrência de complicações provocadas por um câncer. Ela deixa a filha Júlia, de 16 anos, fruto do casamento com o narrador esportivo Maurício Torres.
A repórter entrou para a Globo em 2002 e em 2013 assumiu como titular o quadro RJ Móvel, do telejornal RJ1, que denunciava problemas que afligiam a população e cobrava solução das autoridades responsáveis. Em maio de 2017, a jornalista foi convidada para apresentar o Globo Comunidade no Rio de Janeiro, em paralelo com o RJ Móvel.
Depois de passar por afiliadas da TV Globo no estado de Santa Catarina, Susana foi para a GloboNews. Trabalhou ainda no Canal Futura, na produção e reportagem dos telejornais locais da Editoria Rio, da TV Globo. Desde 2008 se revezava com outros repórteres no comando do RJ Móvel.
Entre as coberturas de maior destaque em sua trajetória profissional estão as chuvas que atingiram o Rio de Janeiro em abril de 2010, quando foi enviada para investigar a situação no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa; e, em abril de 2019, quando mostrou a situação dos deslizamentos na Avenida Niemeyer, que liga o Leblon a São Conrado, as duas coberturas no Rio de Janeiro.
Suzana também participou da cobertura da ocupação policial na Vila Cruzeiro, em 2011, reportagem que rendeu ao Jornalismo da TV Globo o Prêmio Emmy Internacional. Ela também fez a cobertura do Rock in Rio em 2013 e do Carnaval carioca, fazendo uma cobertura das arquibancadas da Marquês de Sapucaí durante os desfiles.
“Meu trabalho como repórter é onde eu sou feliz. Sou uma repórter otimista, sempre acho que vai dar jeito, que as coisas vão melhorar. Acredito nas boas intenções das pessoas. Sou incansável. Acredito que o bem sempre prevalece”, disse Susana Naspolini ao programa Memória Globo
Em 2019, Susana Naspolini lançou o livro “Eu Escolho Ser Feliz”, uma autobiografia sobre a sua luta contra o câncer, e em 2021, “Terapia com Deus”, em que revela como a fé a ajudou a superar a perda do pai e o último diagnóstico de câncer. O primeiro diagnóstico da doença aconteceu aos 18 anos, quando descobriu um câncer nas células do sistema linfático.