Inicio esse texto com o seguinte questionamento a você: Você se sente cansado? Percebe que o simples ato de pensar sobre algo ou ter um raciocínio mais específico te deixa exausto? Bem, gostaria te explicar que, sentir-se cansado após longas horas de trabalho ou estudo é comum no dia a dia, da mesma forma que se preocupar por determinado assunto no qual exige um trabalho mental árduo, pode gerar uma estafa mental. Querer relaxar, sentar no sofá e não fazer nada por algumas horas é um hábito normal mesmo em pessoas que não exercem trabalho físico.
Especialistas acreditam que o tipo de cansaço resultante de trabalhos mentalmente exaustivos pode ser uma resposta aos níveis de glutamato no cérebro. O glutamato é um metabólito, ou seja, um produto do metabolismo resultante do consumo de alimentos. Além disso, ele é o neurotransmissor mais abundante no cérebro.
Falando mais especificadamente, estudos comprovam que nosso cérebro funciona com vários ciclos que acontecem ao mesmo tempo. Tudo começa quando estamos concentrados em uma mesma tarefa o que exige uma atividade mental específica e energia do cérebro. No momento em que o cérebro troca informações entre si e as células vizinhas liberam Adenosina, que nada mais é do que uma substância ‘protetora’ que impede a hiperativação dos nossos neurônios. A liberação da adenosina resulta na sensação de fadiga. É o que sentimos quando nos sentimos cansados após uma atividade muito intensa ou longa, dessa forma sabe-se que o que vivenciamos ao pensarmos exaustivamente sobre algo, pode sim ser equivalente a um treino de exercício específico repetido por horas.
Por que precisamos pausar?
O cérebro humano é um órgão incrível e cheio de responsabilidades, mas temos que lembrar que o mesmo também é limitado. Muitas vezes nos alimentamos mal, dormimos mal, nos forçamos a ter motivação por coisas que não gostamos, tentamos absorver um volume imenso de informações e gastamos muita energia tomando decisões fúteis. Isso tudo pode gerar em prejuízos futuros para o mesmo.
De acordo com os pesquisadores, a fadiga após um trabalho mental exaustivo é um sinal para que o cérebro inicie outra tarefa mais simples, que gere a você inclusive sensação de relaxamento e prazer, para preservar a integridade da função cerebral. O único método que poderia ajudar de fato, é exatamente o que fazemos após um dia cansativo de trabalho — o relaxamento e uma boa noite de sono, situação essa que nem toda pessoa vivencia ou consegue ter na sua rotina. Durante esses momentos é que o glutamato é eliminado do organismo.
Por outro lado, a descoberta pode ser uma forma de monitoramento do burnout, que muitas vezes é resultado de trabalhos exaustivos ou mais entediantes. Inclusive, o burnout, já é também atualmente citado como doença do trabalho.
Aqui vou lhes oferecer algumas dicas para tentar coloca-las em prática:
- Não tente guardar tudo na cabeça: Tentar concentrar e aprender excesso de informação é o erro mais comum das gerações atuais, lembrando ainda que vivemos na geração do imediatismo, onde tudo tem que ser resolvido e pensado O cérebro não foi feito para gravar tudo e muito menos assimilar os conteúdos velozmente. Use ferramentas externas para registrar ideias e informações: anote ou desenhe tudo que faz sentido e será útil para você, libere espaço mental para as melhores habilidades do cérebro – imaginar e planejar!
- Questione sempre: Nossa percepção de mundo é totalmente tendenciosa, geralmente sempre vamos pela opinião de outros e medimos tudo com a régua das crenças e ideias que construímos desde a infância, influenciados por gerações. Por isso o hábito de questionar e de não ter medo de mudar de ideia pode tornar o pensamento mais flexível, e consequentemente, mais eficiente.
- Otimize a energia: Você sabia que o cérebro é naturalmente preguiçoso? Sim, até o cérebro da pessoa mais inteligente tem seus níveis de preguicinha, isso tudo porque pensar gasta muita Valendo lembrar aqui que quando forçamos o pensamento durante muito tempo em uma mesma tarefa, provocamos a fadiga mental e esse é o estado onde não conseguiremos progredir e ainda comprometemos a qualidade das nossas decisões. O ideal é que haja alternância entre períodos mais curtos de esforço mental com períodos de descanso, ou atividade intelectual alternada com atividade manual.
- Aproveite o coletivo: Ninguém consegue saber tudo, e portanto não se cobre além do que você consegue ir, as vezes mas um grupo de pessoas com saberes diferentes pode chegar a ideias muito mais inteligentes e lembrando que duas cabeças realmente pensam melhor que uma, chegando assim a ideias e conclusões mais eloquentes! Portanto, conversa mais sobre ideias e menos sobre as vidas das pessoas
- Pense também com o corpo: Use a cabeça, mas use-a junto com o corpo! Pensar sobre um problema caminhando, dançando, ou apenas desenhando e colocando pequenos recados diários, pode amplificar sua capacidade de percepção, varie os espaços e os métodos! Crie uma rotina com hábitos metas postivas.